Desde o fim da pandemia de covid-19, o retorno aos escritórios tem se intensificado e a política da volta dos funcionários ao trabalho presencial ficou mais rígida em alguns locais. Segundo o Relatório Teletrabalho 2025, feito pela empresa de consultoria de recursos humanos Robert Walters, 47% dos trabalhadores tendem a gastar mais trabalhando presencialmente, tendo um custo que varia entre 100 euros (R$ 636) e 200 euros (R$ 1.272) por mês.
O estudo também revelou que 67% dos trabalhadores remotos têm dois ou menos dias de trabalho em casa, o que reflete uma tendência em direção a modelos de trabalho mais flexíveis, mas com maior presença no escritório.
Fatores como a economia de tempo e de custo de deslocamento, a conciliação familiar e uma maior facilidade de concentração são os atrativos mais valorizados do home office para os funcionários.
Outra pesquisa mostra que os funcionários preferem o home office, estando dispostos a abrir mão de até 25% do salário em troca de continuar trabalhando remotamente, de acordo com o estudo do National Bureau of Economic Research (NBER).
Flexibilidade para os funcionários
Apesar dos benefícios econômicos, há aqueles trabalhadores que preferem o trabalho presencial, sob o argumento de que o trabalho remoto afeta negativamente a visibilidade interna e as chances de subir para cargos melhores.
Alguns trabalhadores remotos têm cedido ao modelo híbrido, trabalhando de casa em alguns dias e diretamente da empresa em outros.
Segundo a Robert Walters, 36% das jornadas híbridas permitem apenas um dia de trabalho remoto por semana e 31% das empresas permitem dois dias fora do escritório, enquanto apenas 7% autorizam três dias. Apenas 13% das empresas permitem trabalho 100% remoto.
De acordo com a pesquisa, flexibilidade é um fator crucial para grande parte dos funcionários. Os dados mostram que 48% dos entrevistados prefeririam ter um horário mais flexível em vez de um dia a mais de trabalho remoto.
72% dos entrevistados afirmam que estariam dispostos a trocar de emprego caso suas empresas eliminassem as opções de trabalho remoto ou as políticas de flexibilidade de horário.